Pensando em qual seria o melhor cachorro para apartamento?
Ter animais nesse ambiente não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta ficar atento a alguns pontos importantes. A seguir destacamos 5 coisas que você precisa saber sobre o assunto para evitar problemas ou desgastes
Por Patrícia Affonso
Antigamente, o pensamento era muito comum: quem mora em apartamento, não pode ter bichinhos de estimação. Felizmente, essa é uma realidade que já caiu por terra. Afinal independente do tipo de moradia, a gente não quer abrir mão da companhia desses companheiros peludos. Além disso, o crescimento populacional impulsiona o aumento do número de prédios. Para se ter uma ideia, pesquisas apontam que apenas no período de 2000 a 2010, houve um crescimento de 43% no número de apartamentos no país. Mas, então, o que é preciso considerar para criar pets nesses ambientes? Confira:
- Cachorro em apartamento: proibir é ilegal
Cada vez mais comuns nos apartamentos, os bichinhos já costumam ser bem aceitos pela vizinhança. Do ponto de vista legal, nenhum juiz proíbe um tutor de ter animais em prédios ou condomínios. É claro que é preciso zelar pelas normas de boa convivência, especialmente nas áreas comuns. Fique atento às regras estabelecidas no seu prédio: em alguns locais, os pets devem utilizar apenas o elevador de serviço ou escadas e devem circular sempre na coleira/guia, por exemplo.
- Para levar em conta
“As primeiras perguntas que o proprietário deve se fazer é se existe espaço suficiente para um bichinho no ambiente em questão e se sua rotina se adequa aos cuidados exigidos por um animal”, destaca a veterinária Larissa Dobroff (SP). Afinal, é preciso alimentar o cachorro, levá-lo regularmente a passeios para evitar o sedentarismo, cuidar da higiene… Definir, com honestidade, se vai dar conta dessas demandas diárias é muito mais importante do que o tipo ou tamanho da moradia do tutor. “Aulas de adestramento são excelentes aliadas, pois trabalham a obediência e cognição do animal e ainda ensinam ao dono como se comunicar melhor com seu pet e assim ter um convívio mais agradável”, sugere o biólogo e consultor de comportamento animal Ricardo Mazzaro. Isso ajuda a evitar algumas surpresas desagradáveis e até possíveis desavenças com os vizinhos.
- Enriquecimento ambiental
Como já dissemos, cachorros precisam de passeios diários: é nesse momento que eles gastam energia, farejam, percebem os arredores e socializam. Mas você pode dar uma forcinha para que o restante do dia, em que ele ficará no apartamento, seja mais interessante. Deixe brinquedos disponíveis para o seu pet, além de itens que ele possa cheirar e roer, como cordas, garrafas pet e ossos próprios vendidos em petshops. Outra boa idéia é lançar mãos de acessórios que o incentivem a pensar para conseguir uma recompensa, como compartimentos que possibilitam esconder petiscos para o cachorro encontrar. Isso evita o ócio e a ansiedade e permite que o cachorro tenha atividade, mesmo quando estiver sozinho, e não fique tão carente e dependente do seu dono. Ah, o velho truque de deixar uma roupa usada na caminha do seu amigão é válido. Sentir o seu cheiro, presente na peça de roupa. tem um efeito calmante, que vai ajudá-lo a não sofrer tanto com as horas de separação.
- Confinar não bacana
Tudo bem seu apartamento ser pequeno, desde que o pet possa circular. Muitas pessoas confinam seus animais em varandas ou áreas de serviço, o que favorece a inatividade e o sedentarismo, além de deixá-los infelizes e irritadiços. Não raramente, essa prática é a razão dos latidos incessantes, que incomodam e geram reclamações.
- Escolha certo
Para apartamentos convencionais, o ideal é optar por cães de porte pequeno ou médio. Além dos amáveis vira-latas (sem raça definida), são boas opções o cavalier king charles spaniel, o papillon, o pug, o yorkshire e o biewer terrier, o maltês, o lhasa-apso, o shih-tzu, dentre outras raças. “É preciso lembrar que existem características individuais. Ou seja, é preciso educar os pets sempre!”, diz Larissa. A veterinária destaca, ainda, que a adaptação é mais fácil para os filhotes. “Afinal, desde cedo ele já é exposto à rotina da casa e ao ambiente onde vai passar a vida (ou boa parte dela)”, afirma. Quando um cão adulto sai de uma casa maior para um apartamento, pode estranhar um pouco — especialmente aqueles que têm muita energia. Nesses casos, aumentar a freqüência dos passeios e recorrer ao adestramento pode ajudar.